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Cantor sertanejo de Juiz de Fora é alvo de mandado de busca e apreensão em operação da PF que investiga fake news eleitoral

Operação 'Teatro Invisível 2' teve origem no estado do Rio de Janeiro e busca recuperar cerca de R$ 3,5 bilhões de prejuízo causado aos cofres públicos us...

Cantor sertanejo de Juiz de Fora é alvo de mandado de busca e apreensão em operação da PF que investiga fake news eleitoral
Cantor sertanejo de Juiz de Fora é alvo de mandado de busca e apreensão em operação da PF que investiga fake news eleitoral (Foto: Reprodução)

Operação 'Teatro Invisível 2' teve origem no estado do Rio de Janeiro e busca recuperar cerca de R$ 3,5 bilhões de prejuízo causado aos cofres públicos usados para pagar atores que encenaram diálogos em locais de grande circulação, a fim de influenciar o eleitorado. Defesa disse que não teve acesso completo às investigações e, por isso, não vai se manifestar. Delegacia da Polícia Federal em Juiz de Fora Gabriel Landim/TV Integração O cantor Cristiano Almeida Leite da dupla sertaneja de Juiz de Fora, Renan e Christiano, foi alvo de dois mandados de busca e apreensão nesta quarta-feira (16) na operação 'Teatro Invisível 2' da Polícia Federal, que investiga uma rede de desinformação que atuava no estado do Rio de Janeiro durante períodos eleitorais. A TV Integração confirmou com fontes da Polícia Federal que os mandados foram expedidos para dois imóveis do artista. Um deles foi cumprido na casa onde ele mora, e o segundo não foi executado porque havia um outro morador no segundo imóvel, que não era alvo do mandato. O advogado do cantor, João Carlos Torres Quirino disse que, por se tratar de investigações sigilosas, está averiguando diretamente nos autos quais são os fatos imputados, e como ainda não teve acesso completo às informações, ainda não seria possível prestar qualquer tipo de declaração. 🔔 Receba no WhatsApp notícias da Zona da Mata e região Além de Cristiano, outros nove alvos da investigação já foram identificados. Cantor Christiano durante show Reprodução/Redes Sociais Operação 'Teatro Invisível' A PF iniciou nesta quarta-feira a operação 'Teatro Invisível 2', sobre uma rede de desinformação que atuava no RJ em períodos eleitorais. Segundo as investigações, os atores contratados para encenar diálogos em locais de grande circulação a fim de influenciar o eleitorado foram pagos com o dinheiro público de contratos de serviços inexistentes. Ao todo, foram cumpridos 10 mandados de busca e apreensão em Cabo Frio, Itaguaí, Mangaratiba, Rio de Janeiro e Juiz de Fora. Não houve ordens de prisão. A investigação busca recuperar cerca de R$ 3,5 bilhões de prejuízo causado aos cofres públicos e a suspensão das atividades econômicas de oito empresas. LEIA TAMBÉM: PF mira contratos de R$ 3,5 bi que pagaram por encenação de fake news antes das eleições; prefeito de Cabo Frio é alvo Como o 'teatro' foi pago? A 2ª fase da operação 'Teatro Invisível' mira o financiamento das encenações. A PF descobriu que os atores eram pagos com dinheiro de contratos genéricos firmados entre prefeituras e aquelas 8 empresas. O grupo é suspeito de obstrução de justiça, caixa 2, fraude em procedimentos licitatórios e lavagem de dinheiro. A PF apurou também que o grupo criminoso destruiu provas que poderiam incriminar os integrantes, as quais estavam armazenadas, principalmente, em meios digitais. As investigações também trouxeram evidências de que o grupo utilizou recursos não declarados à Justiça Eleitoral, a fim de favorecer candidatos políticos nas eleições de 2024. Se condenados pelos crimes cometidos, os investigados se sujeitarão a penas máximas que, somadas, podem ultrapassar 27 anos de reclusão. Quadrilha tentava interferir no resultado das eleições municipais com teatro de rua Relembre a 1ª fase Em 12 de setembro do ano passado, a PF prendeu 4 pessoas. Com registros de atuação em pelo menos 13 cidades do estado, a quadrilha contratava atores para fazer um teatro de rua, com a intenção de influenciar o voto, sempre desmoralizando determinados candidatos. Esses atores simulavam diálogos entre eleitores, brigas em comícios, denúncias falsas de corrupção e cenas de suposta violência ou vandalismo atribuídas a apoiadores de determinados políticos. Tudo era gravado com celulares ou câmeras disfarçadas e depois disseminado de forma coordenada nas redes sociais — muitas vezes com legendas e montagens que reforçavam a falsidade. 📲 Siga o g1 Zona da Mata: Instagram, X e Facebook VÍDEOS: veja tudo sobre a Zona da Mata e Campos das Vertentes